segunda-feira, 28 de julho de 2008

Melhores e Piores do semestre

Lista feita para a votação da Liga dos Blogues. Só pra ressaltar que ela muda a cada minuto, assim como ocorre com 97% dos tops que faço.

MELHORES



01. Não Estou Lá, de Todd Haynes
02. Onde os Fracos Não tem Vez, de Joel e Ethan Coen
03. Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto, de Sidney Lumet
04. Luz Silenciosa, de Carlos Reygadas
05. Sangue Negro, de Paul Thomas Anderson
06. Fim dos Tempos, de M. Night Shyamalan
07. Paranoid Park, de Gus Van Sant
08. Wall-E, de Andrew Stanton
09. Sweeney Todd, de Tim Burton
10. Cloverfield, de Matt Reeves

PIORES

01. Sex and the City, de Michael Patrick King
02. 10.000 a.c., de Roland Emmerich
03. O Caçador de Pipas, de Marc Forster
04. Elizabeth: A Era de Ouro, de Shekar Kapur
05. 2 Dias em Paris, de Julie Delpy

E infelizmente eu me esqueci de Vantage Point! Entraria no lugar de 2 Dias em Paris, apesar do filme da Delpy merecer (que porre, ein?).

sábado, 26 de julho de 2008

Avant la Haine



Cena perfeita em um belo e muito subestimado filme.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas

(The Dark Knight, 2007, Christopher Nolan)



Pertenço ao grupo dos que ficaram no meio termo, logo em um filme que praticamente despertou só opiniões extremas. Já vi alguns que não gostaram, mas certamente o grupo dos que amaram, que consideram a melhor adaptação de uma HQ de todos os tempos, que ficam fazendo campanha para que Ledger ganhe o Oscar, são muito mais numerosos (é só ver o top do IMDB). Sinceramente, escrevo sobre esse novo filme do Batman apenas para não deixar passar em branco, porque já tô um pouco cansando da ovação e das discussões em torno. Respeito a opinião dos que gostam (ei, mas eu gostei! Só não tanto...), mas algumas reações me parecem até surreais, de um exagero enorme.

O que achei mais curioso é fato de ser um filme dos coadjuvantes. Christian Bale é/está péssimo, sem o menor carisma (e toda a complexidade do protagonista parece não funcionar tanto devido justamente a isso, ao meu ver), enquanto Heath Ledger, merecedor de todos os elogios, brilhante mesmo e Aaron Eckhart, ator que gosto muito, em bela performance, se mostram muito mais interessantes (assim como seus personagens - a transformação em que esse segundo passa me parece muito crível, sim). O conflito em si existente entre tais personagens é sem dúvida intenso, especialmente em seu terceiro ato, que acho todo bem bom (as cenas do navio, principalmente). Mas só isso não é o suficiente para tanto ôba-ôba em torno, até porque existem coisas que realmente me incomodo.

Uma delas são os diálogos. Alguns embates verbais funcionam, mas a maioria é feita de didatismos e frases feitas que poderiam estar no blockbuster mais vagabundo (não fica muito atrás daquela hilária versão supostamente escrita pelo Michael Bay), mas, não sei, talvez seja culpa daquela voz grossa que o Bale faz quando está disfarçado, que acaba virando auto-paródia. Outro ponto é que Christopher Nolan continua sendo pra mim só um cineasta muito medíocre. Realmente não entendo o hype que gira em torno de sua figura (ok, em relação a Amnésia eu até compreendo, um filme com uma proposta inovadora - e acho fraco justamente porque acho que não passa disso mesmo -, mas não com seus trabalhos posteriores). Muitos o elogiam por ser sóbrio, mas pra mim parece apenas insosso, sem expressão. Cita Michael Mann e Francis Coppola (?!?!), mas tecnicamente esse O Cavaleiro das Trevas só me soa no máximo ordinário. Me parece também muito equivocado essa auto-importância contida aqui, é totalmente inflado, megalomaniaco mesmo.

E pra encerrar, mais uma ênfase em Heath Ledger e Aaron Eckhart, bens o suficiente para colocar o filme em um outro patamar (apesar de ter outras coisas interessantes, como já disse). Ah, e outra ênfase em Ledger.

domingo, 20 de julho de 2008

Ah...

sábado, 19 de julho de 2008

Encarnação do Demônio



Repara só como ele sente a música (e na cara que ele faz por volta de 5:21, impagável)! Um verdadeiro artista.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Escafandro e a Borboleta

(Le Scaphandre et la Papillon, 2007, Julian Schnabel)



Taí, um filme que me deixou dividido. A idéia inicial de nos mostrar apenas o que o personagem pode ver nos faz certamente reconhecer a sua agonia e o desespero, nos transportando para o seu subconsciente e memórias. O problema, no entanto, há momentos em que tais técnicas, de tão repetidas, acabam por me soar como exibicionismo, afetação mesmo. Mas foi provavelmente o melhor meio que Schnabel encontrou para narrar a estória e quem sou eu pra dizer como um diretor deve narrar o que tem em mãos?

Me parece também um avanço em relação a Antes do Anoitecer, especialmente no que está relacionado à estética: no seu trabalhor anterior, de 2000, Schnabel parecia filmar tudo de um modo um tanto descontrolado e excessivo, o que acabou prejudicando a narrativa do longa. Já em "O Escafandro e a Borboleta", ele parece ganhar o veículo perfeito para experimentar, e, se às vezes ele não parece saber diferenciar o ego e a câmera, tais excessos visuais acabam por trabalhar em favor do filme.

No entanto, o que mais me incomoda aqui não é o aspecto estético (que, como já disse, vai da afetação pura a momentos de beleza incrível) e sim a carga dramática aqui contida. Schnabel infelizmente parece não conseguir entregar a devida consistência ao melodrama, de modo que o sentimentalismo contido aqui passe a me parecer muito gratuito, a mão parece ter pesado. Além disso, há aquela espécie de filosofia "Aproveite as coisas simples da vida" que não ajuda muito. O problema, é bom destacar, talvez seja comigo e acho que nunca escrevi um comentário para o blog tão subjetivo como esse (encare minhas palavras como sendo a de um cara ainda muito confuso com o que viu, tentando formar ainda idéias mais concretas a respeito).

Agora, se há um ponto em que não possuo nenhuma ressalva está no que se refere ao elenco. Mathieu Almaric (cuja interpretação por Reis e Rainha seria a melhor da década se um cara chamado Daniel "Plainview" Day-Lewis não tivesse chegado pra roubar o posto) é tão bom que sabe entregar uma densidade e emoção mesmo estando quase sempre com a mesma expressão. Não fica atrás Max Von Sydow, excepcional, protagonizando um dos melhores momentos do longa (a conversa com o filho), uma performance emocionada mesmo. A parte feminina do elenco também merece muito destaque, com atrizes que eram desconhecidas ao menos para mim, como Marie-Josée Croze, como a terapeuta do protagonista.

domingo, 13 de julho de 2008

Revista Zingu #22

A edição desse mês da Revista Zingu traz um belo dossiê John Wayne, com textos sobre os filmes protagonizados pelo homem. Entre eles está uma pequena colaboração minha, sobre Onde Começa o Inferno. A edição toda é muito boa, vale a pena!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

oh, mama, can this really be the end?



Esse filme não existe. Não existe. É... impossível.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um Beijo Roubado

(My Blueberry Nights, 2007, Wong-Kar Wai)



Talvez realmente seja o Kar Wai mais acessível e simples, mas também é o mais frioe mecânica de seus filmes. Se distancia de obras como Felizes Juntos por não possuir aquela excitação em contar uma estória de amor, faltando mais calor, paixão, espontaneidade. No entanto, também não éum trabalho próximo de Amor à Flor da Pele, sem dúvida o mais maduro e contido filme de Kar Wai, simplesmente porque “Um Beijo Roubado” apresenta, sim, aquelas características que fizeram o cineasta famoso, mas o grande problema aqui é que aqueles excessos visuais (dos quais não desgosto – longe disso, aliás, sou fã do homem) estão presentes de um modo um tanto forçado, meio que o Kar Wai querendo mostrar para os EUA que é um diretor com marca própria, e por isso mesmo tais elementos não soam mais como uma opção estética, mas sim uma obrigação (talvez para disfarçar uma possível acomodação), daqueles casos em que o autor vira refém do próprio estilo.

Se há algo de positivo em “Um Beijo Roubado” é o fato de que o filme não se deixa enquadrar no gênero dos romances bobinhos hollywoodianos (mas que, é bom ressaltar, são feitos em todo o mundo, não?), não se tornando um trabalho convencional ou antiquado (“É um filme diferente, né?”, observou meu pai, ao fim da sessão). O problema é que justamente a trama principal não parece funcionar muito bem, sendo ofuscada por as estórias secundárias, algumas delas bem mais interessantes, como aquela envolvendo o policial bêbado, vivido brilhantemente por David Strathairn, possuidora de uma estrutura dramática até mais sólida (a de Natalie Portman, por outro lado, não chega a me envolver tanto). Mas, de qualquer modo, só a existência de tais subtramas já entregam ao filme um ritmo mais irregular, sem muito foco.

Foi uma das poucas derrapadas de Kar Wai na sua carreira, espero que isso não se repita com frequencia.

sábado, 5 de julho de 2008

Wall-E

(2008, Andrew Stanton)



É meio que um fênomeno o que está acontecendo com essa nova animação da Pixar, sendo um sucesso de crítica e público (a ponto de entrar no top 20 do ranking do IMDB), com direito até a um livro no estilo "Onde está o Wally?". É incrivelmente doce, leve e aparentemente ingênuo, inocente, possuindo um ponto de vista (e isso é até bastante visível) pessimista em relação aos rumos que nosso mundo está tomando (estaria mesmo a humanidade totalmente condenada a uma vida ociosa, individualista, em que 90% do nosso dia-a-dia seria passado em frente a televisão?), com direito a menções quase diretas a 2001 - Uma Odisséia no Espaço (o design de determinados robôs realmente lembram o de HAL 9000 e a cena da aurora do homem ganha uma paródia/homenagem brilhante - fácil uma das melhores cenas do ano). Também traz uma força visual enorme, mais que qualquer outro filme atual. Desperta um prazer primário no espectador, aquele contido no Cinema mudo, já que os diálogos em Wall-E são mínimos, raros. É realmente deslumbrante ver aquele Planeta Terra, antes verde e azul, sendo transformado em uma cor quase enferrujada, uma espécie de depósito de lixo. O hype é totalmente justificável, sem dúvida um ótimo filme.

Agente 86

(Get Smart, 2008, Peter Segal)



Nunca assisti a nenhum episódio da série original (é, não é da minha época – mas sempre há tempo), logo não vou poder elaborar algum paralelo entre as duas versões ou fazer um comentário saudoso sobre Don Adams. Ainda assim, analisando-se o projeto de modo isolado, posso dizer que essa adaptação de Agente 86 foi até muito bem-sucedida, com Steve Carrel, genial (o que não é uma surpresa pra quem assisti a The Office – mas apenas 10 minutos de O Virgem de 40 Anos já seriam suficientes), interpretando um papel que lhe caiu como uma luva. Aliás, pode-se até dizer que grande parte do brilho deste filme reside em sua performance, mas seria uma grande injustiça em relação aos outros membros do elenco (talvez onde os maiores méritos de Agente 86 residam): Anne Hathway funciona muito bem como a parceira de Carrel; Dwayne Johnson cada vez mais mostra ser um comediante com um timing perfeito; Alan Arkin convence como o chefe e James Caan aparece como uma tiração de sarro genial com Bush (além, é claro, dos dois estagiários, um deles interpretado por Mais Oka, de Heroes).

É um filme que surpreendentemente consegue obter muito êxito ao trabalhar com o humor físico, apesar de uma hora ou outra apelar para um humor fácil (foi mal, mas piadas com gordos não funcionam comigo – tanto é que a cena da dança é possivelmente o momento mais fraco do filme). Também é uma espécie de metralhadora de piadas e felizmente a maioria delas funcionam, mesmo que esse tema de agentes secretos atrapalhados já esteja um tanto saturado. O bom é que o trabalho consegue aproveitar bem seus clichês, e os momentos em que isso não acontece não chegam a comprometer tanto o resultado.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Junho



TOTAL: 19 filmes

Foxy Brown
(1974, Jack Hill) - * * *1/2
Os Imorais (The Grifters, 1990, Stephen Frears) - * * *
Identificação de uma Mulher (Identificazione di una Donna, 1982, Michelangelo Antonioni) - * * *1/2
Eraserhead (1977, David Lynch) - * * * *1/2
O Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream, 2008, Woody Allen) - * * *1/2
Vidas em Fuga (The Fugitive Kind, 1959, Sidney Lumet) - * * *1/2
Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (Before the Devil Knows You're Dead, 2007, Sidney Lumet) - * * * *1/2
Grandes Esperanças (Great Expectations, 1946, David Lean) - * * *1/2
Contos da Lua Vaga (Ugetsu Monogatari, 1953, Kenji Mizoguchi) - * * * *
The Heart of the World [CURTA] (2000, Guy Maddin) - * * * *
Fim dos Tempos (The Happening, 2008, M. Night Shyamalan) - * * * *
/Sinais/ (Signs, 2002, M. Night Shyamalan) - * * *
/O Sexto Sentido/ (The Sixth Sense, 1999, M. Night Shyamalan) - * * *1/2
Agente 86 (Get Smart, 2008, Peter Segal) - * * *
/Onde Começa o Inferno/ (Rio Bravo, 1959, Howard Hawks) - * * * *1/2
P.S. Eu Te Amo (P.S. I Love You, 2007, Richard LaGravenese) - * *
Cão sem Dono (2007, Beto Brant e Renato Ciasca) - * * * *
Sex and the City (2008, Michael Patrick King) – 1/2
A Família Savage (The Savages, 2007, Tamara Jenkins) - * *1/2

Séries:

Pushing Daisies: A Primeira Temporada (2007, Bryan Fuller) - * * *