terça-feira, 22 de setembro de 2009

Up

(2009, Pete Docter)



Pela primeira parte, parece ser a obra-prima da Pixar (até superior a Wall-E, o grande filme da produtora até o momento, junto com Toy Story), apesar de nem tê-lo visto em 3D (mas consigo imaginar o espetáculo que deve ser ver no formato cenas como a da casa levantando vôo - ora, se já fiquei impressionando sem os óclinhos...). Os grandes momentos de Up estão ali: o protagonista, quando criança, se fascinando com o filme de seu aventureiro favorito, seguido da sequencia que faz uma espécie de resumo da sua vida de casado, embalado pela excelente trilha sonora de Michael Giachino. São nessas cenas wur Up se revela uma obra comovente e madura sobre envelhecimento, passagem do tempo, perda (e a presença do "garoto explorador" dá bastante força aos momentos cômicos). O filme começa a cair (sem trocadilhos - brincando, foi proposital), no entanto, mais ou menos a partir da hora em que a casa aterrisa no lugar destinado. É aí que vemos que a até então mais ousada aventura da Pixar se prende a fórmulas, tendo que se adequar às normas de uma animação convencional (a aparição d eum antagonista, por exemplo, me parece extremamente forçada). Claro, Wall-E, em sua segunda parte, também adere a convencionalismos, mas ainda assim o discurso da obra (sobre futuro, homem x máquina) só era enriquecido, enquanto em Up ela me parece possuir uma função de preenchimento. Poderia ter sido um curta sensacional, mas acabou sendo só um bom filme.

2 comentários:

Demonarch disse...

foi o primeiro encontro do meu filho com a morte como tema.

Rodrigo disse...

Pois é, acho que muitos pais ficaram na mesma situação...