terça-feira, 22 de setembro de 2009

Up

(2009, Pete Docter)



Pela primeira parte, parece ser a obra-prima da Pixar (até superior a Wall-E, o grande filme da produtora até o momento, junto com Toy Story), apesar de nem tê-lo visto em 3D (mas consigo imaginar o espetáculo que deve ser ver no formato cenas como a da casa levantando vôo - ora, se já fiquei impressionando sem os óclinhos...). Os grandes momentos de Up estão ali: o protagonista, quando criança, se fascinando com o filme de seu aventureiro favorito, seguido da sequencia que faz uma espécie de resumo da sua vida de casado, embalado pela excelente trilha sonora de Michael Giachino. São nessas cenas wur Up se revela uma obra comovente e madura sobre envelhecimento, passagem do tempo, perda (e a presença do "garoto explorador" dá bastante força aos momentos cômicos). O filme começa a cair (sem trocadilhos - brincando, foi proposital), no entanto, mais ou menos a partir da hora em que a casa aterrisa no lugar destinado. É aí que vemos que a até então mais ousada aventura da Pixar se prende a fórmulas, tendo que se adequar às normas de uma animação convencional (a aparição d eum antagonista, por exemplo, me parece extremamente forçada). Claro, Wall-E, em sua segunda parte, também adere a convencionalismos, mas ainda assim o discurso da obra (sobre futuro, homem x máquina) só era enriquecido, enquanto em Up ela me parece possuir uma função de preenchimento. Poderia ter sido um curta sensacional, mas acabou sendo só um bom filme.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Filmes de Agosto



Damnation (1987, Béla Tarr) - * * *
Velvet Goldmine (1998, Todd Haynes) - * * *
A Malvada (All About Eve, 1950, Joseph L. Mankiewicz) - * * * *
O Clube dos Cinco (The Breakfast Club, 1985, John Hughes) - * * * *1/2
Sargento York (Sergeant York, 1941, Howard Hawks) - * * *1/2
c. L'Arrivée d'un train en gare de La Ciotat (1895, Louis and Auguste Lumiére) - * * *1/2
c. L'arroseur arrosé (1895, Louis Lumiére) - * * *1/2
c. La Sortie des usines Lumière (1895, Louis Lumiére) - * * *
Valsa com Bashir (Vals Im Bashir, 2008, Ari Folman) - * * *1/2
Sinédoque, Nova York (Synecdoche, New York, 2008, Charlie Kaufman) - *1/2
c. Bataille de Boules de Neige (1896, Louis Lumiére) - * * *1/2
Gatinhas e Gatões (Sixteen Candles, 1984, John Hughes) - * * *
A Condessa Descalça (The Barefoot Contessa, 1954, Joseph L. Mankiewicz) - * * * *
Assim Estava Escrito (The Bad and the Beautiful, 1952, Vincent Minelli) - * * * *
Os Idiotas (Idioterne, 1998, Lars Von Trier) - * * *
A General (The General, 1926, Buster Keaton) - * * * *
c. Má Sorte (Hard Luck, 1921, Buster Keaton) - * * *1/2
c. Uma Semana (Hard Luck, 1921, Buster Keaton) - * * *1/2
Arrasta-me para o Inferno (Drag Me to Hell, 2009, Sam Raimi) - * * * *
A Mãe (Mat, 1926, Vselodov Pudovkin) - * * * *
c. Documentário (1966, Rogério Sganzerla) - * * *1/2
Se Nada Mais Der Certo (2008, José Eduardo Belmonte) - * * *1/2
Rosetta (1999, Jean Pierre & Luc Dardenne) - * * *1/2
c. The Alphabet (1968, David Lynch) - * * *1/2
c. Palíndromo (2001, Philippe Barcinski) - * *
Fome Animal (Braindead, 1992, Peter Jackson) - * * *1/2
c. The Amputee (1974, David Lynch) - * *1/2
c. Camera (2000, David Cronenberg) - * * * *
Guerra Sem Cortes (Redacted, 2007, Brian DePalma) - * * * *1/2
O Pecado Mora ao Lado (The Seven Year Itch, 1955, Billy Wilder) - * * *1/2
Amantes (Two Lovers, 2008, James Gray) - * * * * ou * * * *1/2

TOTAL: 20 filmes + 9 curtas.

domingo, 6 de setembro de 2009

O Mascote do ToLtal Trash?



Ou esse, ou o Bluto. Tô em duvida. Let's rock.

sábado, 5 de setembro de 2009

Amantes

(com alguns spoilers!
)


O novo filme do James Gray é o melhor do ano (e felizmente eu não sou o único a dizer isso). Não vou escrever um texto, mas queria deixar isso registrado. É de uma tristeza e uma amargura impressionantes. Meu irmão disse que era parecido com Os Donos da Noite em um certo ponto: tem tantas cenas boas que poderiam preencher a categoria mais legal do Alfred (prêmio da Liga), a de "cena do ano". Eu concordo e tem pelo menos umas duas que poderiam ocupar as primeiras posições: a discussão (e o sexo) no terraço, com aquela ventania estrondosa; a despedida da personagem da Gwyneth, com todo aquele silêncio que precede a conversa, a ansiedade da espera, e depois o diálogo, com aqueles closes; e, pra falar a verdade, qualquer coisa que vem depois disso, céus. Fora a atuação do Phoenix, que é extraordinária.

Editado (07/09): Faltou dizer que calei minha boca. Fiz há algum tempo um post sobre The Lost City of Z, novo projeto do Gray, e escrevi com essas palavras, sobre Amantes: "Abril aqui no Brasil, e que com certeza verei em DivX, já que, se chegar a passar aqui em Fortaleza, com certeza vai ser em uma única sala do Espaço Unibanco com uma cópia digital fuleira e mutilada.". Pois é, o filme estreou por aqui no exato dia do lançamento nacional, com cópia em película. Bom trabalho da Playarte. Não falo mais é nada...