(2009, Walter Carvalho)
Ganhei o livro de presente na época do lançamento, mas achei muito grande e com uma linguagem dificílima, então nunca cheguei a de fato terminá-lo. Quando a adaptação para os cinemas dirigida por Walter Carvalho estreou, resolvi voltar à obra de Buarque, mas ainda assim o tenho pela metade, já que no momento tenho outras prioridades literárias. De qualquer modo, dá pra se ter uma ideia de que Budapeste, o livro, tem qualidade (apesar de não ficar babando como a maioria faz) e é bom notar que Budapeste, o filme, consegue manter uma atmosfera de profundo deslocamento espacial, temporal e linguistico (além de que consegue ser fiel aos fatos apresentados). É um filme distante, e talvez essa sensação seja necessária, mas às vezes esse distanciamento parece ser ocasionado devido a uma preocupação na estética que em muitos momentos parece ser friamente calculada. É algo que pesa bastante contra o filme, mas o que me faz perder qualquer crédito com ele são as duas cenas finais: uma delas parece querer reforçar a metáfora já bastante óbvia sobre a estátua do "escritor desconhecido", mas a pior é a que encerra o longa, que demonstra apenas uma necessidade muito estúpida e pedante (e óbvia, também) de fazer metalinguagem.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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