Filme que confirma uma fase dramática de Allen que se distancia de seus trabalhos sérios bergmanianos feitos nos anos 70 e 80 (como Interiores e A Outra), se assemelhando mias ao excelente Ponto Final, especialmente por trabalhar com o Cinema de gênero, no caso o thriller, um estilo que apareceu recentemente até em seus filmes mais leves e cômicos, como Scoop. Explora tema já bastantes característicos do cinemasta, como o crime, o castigo e a culpa, mas o que distingue O Sonho de Cassandra de outros trabalhos de Allen é que a abordagem aqui é ainda mais densa, sufocante e amarga, sem nenhum elemento que possa suavizar a trama, puramente trágica (e tudo isso feito do modo mais contido possível).
Outro que cabe muito bem nessa categoria é aquele interpretado por Tom Wilkinson, o Tio Howard, tratado pela família como uma espécie de homem perfeito. Mas logo entra em cena, já conhecemos a sua verdadeira faceta. Já o personagem de Colin Farrell representa o lado humano, aquele com o espectador certamente se identificará mais e é impressionante como a atuação de Farrell consegue se mostrar eficiente ao nos mostrar toda a fragilidade do estado psicológico de seu personagem (especialmente na segunda parte do filme, porque anters eu o acho realmente irritante). É sem dúvida um belíssimo filme, e certamente entre os mais subestimados de Allen
Nenhum comentário:
Postar um comentário