sábado, 19 de abril de 2008

18º Cine Ceará



O Cine Ceará chegou em 2008 à sua 18ª Edição, e também marcou a minha primeira visita ao festival. Desde que passou a ser formada por filmes íberos-americanos, a seleção nunca chegou a me atrair muita curiosidade, até porque não havia nenhum grande destaque. Neste ano, por outro lado, o repertório ficou bem mais rico. Infelizmente só tive a oportunidade de conferir Luz Silenciosa, um excepcional filme de Carlos Reygadas, que me deixou destruído (não sei se vai ter texto, é demais pra mim), mas queria muito ter comparecido às sessões de outros filmes, como Falsa Loura, o novo trabalho de Carlos Reichenbach, que foi apresentá-lo com uma hilária peruca loura; O Grão, a estréia de Petrus Cariry nos longas-metragens, que é um cineasta que parece ser bastante querido aqui no Ceará; e Os Desafinados, a volta de Walter Lima Jr. às telonas. Antes das principais sessões, alguns curtas foram exibidos, e tive a oportunidade de ver três deles (e infelizmente não peguei o título dos dois primeiros): um parecia ser uma bobagem experimental, mas também não posso criticar tanto pois cheguei na metade; o seguinte possuia um ponto de partida interessante (mostrar no que se transformaram os antigos cinemas da cidade - e às vezes peca um pouco pelo didatismo), mas simplesmente não conseguia entender o que estava sendo dito, áudio muito fraco; o último, O Vampiro do Meio-Dia, já foi bem mais interessante e acima da média, apresentando a união entre o calor infernal de um dia no Rio com hormônios adolescentes fervilhando. Agora, algo que afetou negativamente o festival foi o péssimo sistema de ventilação, vergonhoso (a imagem mais constante de se ver por lá era uma pessoa se abanando). O Cine São Luiz, que é visualmente lindo, não merecia tal tratamento.

Para conferir a lista de vencedores da premiação, clique aqui. Reygadas, aliás, foi merecidamente lembrado.


Trailer de Luz Silenciosa

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