sábado, 5 de julho de 2008

Wall-E

(2008, Andrew Stanton)



É meio que um fênomeno o que está acontecendo com essa nova animação da Pixar, sendo um sucesso de crítica e público (a ponto de entrar no top 20 do ranking do IMDB), com direito até a um livro no estilo "Onde está o Wally?". É incrivelmente doce, leve e aparentemente ingênuo, inocente, possuindo um ponto de vista (e isso é até bastante visível) pessimista em relação aos rumos que nosso mundo está tomando (estaria mesmo a humanidade totalmente condenada a uma vida ociosa, individualista, em que 90% do nosso dia-a-dia seria passado em frente a televisão?), com direito a menções quase diretas a 2001 - Uma Odisséia no Espaço (o design de determinados robôs realmente lembram o de HAL 9000 e a cena da aurora do homem ganha uma paródia/homenagem brilhante - fácil uma das melhores cenas do ano). Também traz uma força visual enorme, mais que qualquer outro filme atual. Desperta um prazer primário no espectador, aquele contido no Cinema mudo, já que os diálogos em Wall-E são mínimos, raros. É realmente deslumbrante ver aquele Planeta Terra, antes verde e azul, sendo transformado em uma cor quase enferrujada, uma espécie de depósito de lixo. O hype é totalmente justificável, sem dúvida um ótimo filme.

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